terça-feira, 13 de outubro de 2009

Em defesa de Quique

Criticar é muito fácil e faço este texto sabendo de antemão que muitos poderão não concordar mas é sempre mais fácil criticar depois, mesmo sabendo que quem critica agora era exactamente quem o defendia à um ano atrás.

Com a melhoria (clara) do nosso futebol e plantel, mérito do nosso treinador Jesus, que ao contrário do que afirmava não colocou o Benfica a jogar o dobro mas no mínimo o triplo, tem-se caído no erro de criticar injustamente o antigo treinador.

É verdade que o nosso futebol está muito melhor (mas nem sempre jogar bem é sinónimo de vitórias, lembram-se do Trapattoni?), faz lembrar o Benfica que brilhava e conquistava títulos atrás de títulos, nem quero entrar em comparações pois os jogadores são outros mas a mentalidade essa é claramente melhor e o mérito é todo de Jorge Jesus.

Agora o que me chateia é a memória curta, analisando esta época em relação à anterior é engraçado constatar que estávamos a mesma distância do primeiro mas tínhamos uma vantagem de quatro pontos sobre os Corruptos (este ano temos três) e já havíamos defrontado Porto e Sporting nesta altura.

Relembro aos mais esquecidos que houve dois ou três jogos em que fomos claramente prejudicados, o que evitou chegarmos ao jogo do titulo no Dragão com vantagem de seis pontos. E depois mesmo jogando claramente melhor estava tudo preparado para a habitual ajudazita como acabou por acontecer com a penalidade sacada pelo Proença mesmo no final que nos afastou definitivamente do título, a partir desse jogo tudo ficou mais complicado.

Não quero com este texto voltar atrás, é claro como água para todos os exigentes adeptos benfiquistas que estamos a jogar muito mas muito melhor além disso a associar bons resultados a boas exibições mas peço-vos que não sejam injustos, o Quique foi nosso treinador e deverá ser respeitado e não era o mal dos nossos pecados.

Quique também não era melhor nem parecido sequer ao Jesus mas o que aconteceu no ano passado pode voltar a acontecer e nesse momento espero que o actual treinador consiga ao contrário do espanhol incutir nos nossos jogadores o espírito de vingança e que mesmo com uma roubalheira sejamos fortes o suficiente para marcar dois golos contra a penalidade de sopro que será oferecida ao nosso adversário. Esta sim é a única diferença que realmente interessa porque o sistema continua vivo e atento.

4 comentários:

BT26 disse...

Concordo plenamente. Já tinha pensado exactamente isso,só não tinha andado a ver os pontos e afins.

Mas isto é sempre assim, já com o Koeman também foi a mesma coisa. ele acabou a época com mais um ponto que o trapa, mas como tínhamos ganho no ano anterior tínhamos que ganhar naquele também. Mas esquecemos que foi aos quartos de final da liga dos campeões, e tinha jogadores como o Beto ou lá como se chama.

Benfica sempre

Anônimo disse...

boas !!! concordo , completamente ... saudações benfiquistas ....

Jotas disse...

Caro último, constactas um facto por demais evidente, mas devo salientar, que na altura, todos comentavamos que essa era um equipa em construcção, que evoluiria com o decorrer da competição, etc. Num entanto, para além desses pressupostos não se terem verificado, a crítica maior que faço a Quique, tem a ver com as adaptações sem sentido que fazia, em que o caso Aimar e David Luíz são exemplos maiores e pelo facto de olhar muito a nomes, como foi o abandono de um goleador de nome Cardozo que à muito não se via na Luz, em detrimento de um Suazo, que independentement do valor que tinha, pouco ou nada marcava.
Outra crítica que deixo a Quique, é que à semelhança deste plantel, o seu, também era talhado para um 442 ou 4132, como jogamos agora no chamado losango, onde Suazo e Cardozo seriam compativeis, como agora o são Saviola e Cardozo e isso nunca foi feito, para além de estarmos uma época inteira a testar sistemas de jogo e nunca se ter definido um onze base, daí a equipa nunca ter evoluído.
Ou seja, Quique era um profissional exemplar, mas cometeu erros crassos, para quem tinha um plantel novo, logo deveria começar de início a tentar definir um esquema de jogo e um onze, como fez Jesus.

último! disse...

Concordo com a tua análise, embora na minha opinião o Aimar apenas jogava atrás dos avançados ou a esquerda porque vinha de um ano complicado com muitas lesões, na actual posição estava sujeito a maior esforço, se houve pessoa importante na recuperação do Mago considero o Quique foi um deles.

Depois tens de concordar que mesmo com esses defeitos todos tiveram de roubar o espanhol para que ele falhasse.

Abraço